Rio Ave: O Rio Ave começou com um perseguição de maus jogos em casa (partia para este encontro com quatro derrotas seguidas em Vila do Conde), mas no decorrer do encontro foi esquecendo esse trauma e bateu-se, sempre, de igual para igual com a águia.
Com os vila-condense, apresentar-se logo de início, o registo de uma identidade preservada, apesar da visita se chamar Benfica. Nuno não abdica do 4x3x3 e montou uma estratégia em tudo idêntica ao que fez até agora, apostando em Diego Lopes para acompanhar Wakaso e Tarantini no meio campo, entregando o ataque a Ukra, Braga e Hassan. Na baliza, Salin deu o lugar a Ederson, naquela que foi a maior novidade.
Benfica: Sem brilho, mas com eficácia de forma clara. Não houve Cardozo, mas houve três golos das alternativas ofensivas um de Rodrigo e dois de Lima.
No inicio a perspetiva de ultrapassar os dragões na tabela aumentou o entusiasmo do universo benfiquista e isso notou-se bem antes do início da partida, com a forma entusiástica como a equipa foi recebida no Estádio do Rio Ave. O Jorge Jesus (ou Raúl José) apresentou-se em Vila do Conde num 4x4x2 não pôde contar com os três laterais esquerdos do plantel, por lesão, onde solução foi novamente André Almeida.
No ataque sem Markovic (ao que aconteceu em Bruxelas o sérvio começa no banco) foi formado por dois avançados muito móveis (Rodrigo e Lima), nenhum deles demasiado fixado na área, como aconteceria se houvesse Cardozo, Fejsa voltou a ser titular, ao lado de Matic, Enzo e Gaitan um meio-campo claramente com três unidades de maior combate e um lado esquerdo mais preparado para ajudar o ataque. Nico Gaitan aparecia a conjugar com Lima e, por vezes, Rodrigo, dando à dinâmica do jogo do Benfica a noção de que o 4x4x2 se transformava, na verdade, num 4x3x3 em situações ofensivas, com o argentino a assumir funções ofensivas.
Sobre Jogo: O Benfica começou a partida com mais passe de bola e mais poder ofensivo, mas os vila-condenses respondiam sempre que possível. Com o tempo, a equipa da casa foi conseguindo acompanhar os ataques benfiquista e à passagem de meia-hora o jogo estava equilibrado, mas foi o Rodrigo que mudou o acontecimento quando aos 39, num lance rápido do ataque benfiquista, Lima foi à linha, cruzou e Ederson parecia ter a bola controlada, só que, no voo para encaixar o esférico, acabou por não ter a aderência necessária e deixou-o à mercê de Rodrigo, que não hesitou em marcar.
O primeiro tempo só teve, verdadeiramente, esse lance como digno de realce.
O segundo tempo surgiu sem alterações de parte a parte. O Benfica dava mostrar de querer fazer uma gestão controlada da magra vantagem, mas o Rio Ave nunca chegou a deitar a toalha ao chão e um pouco contra a corrente, o conjunto de Nuno repôs a igualdade, num cruzamento longo na direito, André Almeida alivia mal de cabeça e Ukra coloca a bola por baixo de Artur já dentro da área.
O Benfica passou a ter que atacar para recuperar a vantagem e a verdade é que a tarefa nem estava a ser fáceil, até aparecer Lima recolocar a ordem natural nas coisas teve um livre à entrada da área e deu uma verdadeira sapatada no mau momento que atravessava, numa bomba que só parou no fundo da rede.
Com a expulsão de Wakaso, aos 69, tudo ficou ainda mais fácil para os encarnados, com o jogo na mão, Lima bisou com assistência de Rodrigo para sossego dos muitos adeptos encarnados que estiveram no Estádio dos Arcos.
Sporting: Não assumindo-se como candidato ao título no discurso Leonardo Jardim comandou os leões de volta ao primeiro lugar nesta fase do campeonato e a julgar por mais uma exibição segura e convincente diante do Paços de Ferreira mostrou que a luta pela liderança será mesmo a três, pelo menos, nas próximas rondas.
Até hoje, era preciso recuar à temporada de 1990/1991 para ver o Sporting na liderança ao fim da 11ª jornada, 23 épocas depois,
Na época
passada, o Sporting tinha sido derrotado pelo Paços de Ferreira em Alvalade por
1x0, mas o cenário das duas equipas é bem distinto atualmente. A confiança é
grande entre os leões neste momento e isso foi bem notório na entrada em jogo.
Noutras ocasiões talvez se tivesse deslumbrado com a
possibilidade de ser líder, talvez tivesse encarado o duelo de forma
desequilibrada. Este Sporting não, jogou bem sempre seguro e confiante onde se viu neste triunfo sobre o Paços.
Paços de Ferreira: A jogar defensivamente actuando de
forma extremamente compacta, equipa pacense entrou mal no jogoa esperavam adiar ao máximo o golo leonino, de forma a capitalizar a eventual pressão que o Sporting sentisse
pela hipótese de chegar à liderança.
só então começou acordar depois dos leões terem feito 1-0, procurou reagir,
apareceu no meio-campo do Sporting, mas nunca conseguiu colocar-se em situação
clara de golo, jogando de inicio com um o falso ponta de lança.
Só depois do 3-0 e o
técnico do Paços de Ferreira reagiu, e lançou um avançado. Mas era demasiado
tarde, ainda que Bebé tenha sido protagonista da melhor oportunidade dos
visitantes, o remate violento foi travado por Rui Patrício e na recarga
Caetano atirou ao lado.
Sobre Jogo: Os
encarnados que fizeram a sua parte em Vila do Conde e agora era a vez os
verdes e brancos também não se deixaram levar pela ansiedade e cumpriram a sua
missão em Alvalade vencendo por 4.0, que registou a sua segunda maior goleada da temporada.
Logo aos três
minutos, Cédric Soares obrigou António Filipe a uma boa defesa e minutos depois
foi Ricardo quem cortou a bola na sequência de um remate perigoso de André
Martins
Pela forma
como o Sporting entrou bem em campo, não foi surpresa que tivesse chegado a
vantagem aos 15 minutos, num canto na direita de Jefferson, Tony falha o corte
ao primeiro poste, colocando a bola em William Carvalho que de cabeça aponta o primeiro da partida,(Foi o primeiro
golo sofrido pelo Paços de Ferreira no campeonato desde que Henrique Calisto
sucedeu a Costinha no comando técnico) esse golo acabaria por ser decisivo,
pois deu uma tranquilidade maior ao conjunto da casa.
Os castores cresceram, mas sem nunca conseguiram colocar-se em situação clara de golo, pois a defensiva leonina estava lá para a
dar conta do recado. Mas Sporting foi o que teve mais perto do golo, com Montero a surgir isolado, depois de um
disparate de Ricardo, mas o remate é defendido por António Filipe
ao intervalo
o Sporting vencia com justiça.
Na segunda parte os homens de Alvalade trataram
de resolver depressa o encontro, com Fredy Montero a regressar aos golos aos 51
minutos, depois de um bom trabalho no corredor esquerdo de André Carrillo, que
assistiu o colombiano para o 2-0.
O Paços de Ferreira,
apesar da entrada de jogadores rápidos como Caetano e Bebé, esteve longe de
conseguir incomodar verdadeiramente Rui Patrício e se dúvidas houvesse em
relação à vitória leonina,
Fredy Montero tratou de as esclarecer e aos 72' através da
conversão de uma grande penalidade assinalada por mão na bola dentro da área de
Filipe Anunciação, que foi expulso (O melhor
marcador do campeonato bisou e regressou à média de um golo por jogo). Com
resultado de 3-0 Leonardo jardim não entrou em euforias e continuou o jogo com ainda tivesse empatado, põe nos minutos finais Slimani e Wilson Eduardo.
Onde aos 89' Andre Martins fecharia o resultado final depois de um cruzamento muito puxado à baliza de Wilson Eduardo, a bola é cortada por António Filipe, sobrando depois para médio leonino, que dispara uma bomba para o fundo da baliza.
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