Porto: A equipa de Paulo Fonseca somou hoje a terceira derrota no campeonato, ao cair na Madeira frente ao Marítimo por uma bola a zero. Os insulares marcaram o único golo do jogo através de uma grande penalidade convertida por Derley aos 13 minutos. Após o penalty a favor do Marítimo, a equipa madeirense fechou-se mais no seu meio-campo, não dando hipóteses aos tri-campeões nacionais de criarem perigo junto da sua baliza, o que foi visível pois os azuis e brancos só levaram o primeiro sinal de perigo à baliza insular aos 36 minutos num livre de Ricardo Quaresma, que passou ao lado do poste da baliza defendida por Salin. Numa primeira parte em que na primeira meia hora, a equipa da casa foi superior e mais perigosa, aproximando-.se mais depressa da baliza azul e branca a confiança do Marítimo de poder assumir o jogo crescia perante a dificuldade portista de subir no terreno. Um inicio complicado para Porto tornou-se ainda mais difícil, o Marítimo conseguiu ganhar uma grande penalidade aos 12
minutos, num lance em que Danilo não chegou a tempo à bola e acabou por tocar
no pé de Danilo Pereira, fazendo com que o árbitro, e bem, assinalasse o
penálti. Na conversão, Derley, melhor marcador dos madeirenses esta temporada,
bateu Helton e colocou os da casa na frente do resultado. Até ao intervalo os Dragões tentavam assumir o jogo, através do controlo de bola, e aproximação à baliza de Salin, enquanto a partir do golo os os madeirenses se protegiam das investidas portistas.
Na segunda
parte, a equipa de Paulo Fonseca surgiu mais pressionante e Salin tornou-se
fundamental em dois lances quase seguidos ao defender remates. Primeiro, aos 57 minutos, Ricardo Quaresma (claramente o que mais
tentou remar contra a maré desfavorável dos dragões) obrigou Salin a defender
com dificuldades um remate cruzado. Logo a seguir foi Josué quem, com um remate
em jeito, fez com que o guarda-redes voltasse a brilhar. Mesmo sem jogar bem, o Porto buscava o golo com insistência, algo
que mais se acentuou com a troca de Defour por Quintero aos 62 minutos. Varela perdeu
uma boa ocasião aos 72 minutos e seria rendido por Ghilas no minuto imediato. O
Marítimo, que estava sem vencer desde 1 de Dezembro, apostava no contra-ataque
à procura de surpreender a defesa adversária e ainda ameaçou Helton em diversas
situações.
Na parte
final, Fonseca trocou Maicon por Licá, a equipa passou a jogar com apenas três
defesas, os visitantes acercaram-se muitas vezes da baliza de Salin, embora o
fizessem de forma inconsequente até final, acabando por ser Derley a ficar mais
próximo do 2-0 em jogada já nos descontos.
Benfica: Num desafio
marcado pelo péssimo estado do terreno, o Benfica desperdiçou uma soberana
oportunidade para fugir decididamente ao FC Porto (ficaria com mais seis
pontos) e para pressionar o Sporting. Siqueira foi expulso num jogo muito
complicado para o Benfica que apesar de jogar com menos um homem teve sempre a
partida controlada, mas um lance infeliz de Oblak ofereceu o empate ao
Gil Vicente. Contudo, os encarnados tiveram muitas oportunidades de golo que não conseguiram
transformar em golo, muito por culpa de Adriano que defendeu uma grande
penalidade em cima do apito final. Bruno Paixão
esteve bem no lance da expulsão, mas na grande penalidade seguiu a indicação do
seu auxiliar, uma vez que o juiz estava coberto por jogadores.
Num relvado
muito pesado que causou dificuldades às duas equipas, os benfiquistas assumiram
o controlo e, mesmo sem brilhantismo, foram perdendo algumas oportunidades de
golo. O Gil Vicente tentou manter-se organizado, não dar espaços aos
adversários e explorar saídas velozes rumo à área de Oblak.
Só na
segunda parte surgiram mais lances de golo, já depois de João de Deus trocar
Avto por Hugo Vieira.
O Benfica entrou melhor, pressionante,
mostrando garra de quem sabia ter em mãos uma oportunidade única para colocar
mais sal na ferida do Dragão. Danielson
quase fez autogolo após centro na direita, Rodrigo ficou a pedir penalty num
lance duvidoso com Vilela, à boca da baliza. Pelo meio, Gaitán, em posição de
tiro, enviou ao lado. Contudo, o
brasileiro Guilherme Siqueira cometeu uma falta que não devia, sobretudo por já
ter cartão amarelo. Viu o segundo e consequente expulsão, perdendo a
oportunidade de jogar o dérbi que aí vem e, mais grave ainda, deixando a equipa
a jogar com menos um. Nico Gaitán
recuou no terreno e preparou-se para fazer o corredor esquerdo na sua
totalidade e, na primeira vez que o fez, sofreu grande penalidade, num lance
sem contestação por novo erro no jogo, agora de Brito. Lima,
chamado à conversão do castigo máximo, enganou Adriano e atirou a contar,
abrindo o marcador e adiantando os encarnados, que ainda tinham 30 minutos pela
frente. Os minhotos
não deixaram de se aplicar, o treinador rendeu Luís Silva por Vítor Gonçalves e seria este a igualar, num remate de primeira, de fora da área, depois
de Luisão repelir a bola de cabeça na marcação de um canto aos 73 minutos. Era o
primeiro golo sofrido por Oblak, tendo o guardião abordado mal o lance, pois ao
dar uma palmada para desviar a bola acabou por atirá-la para a baliza. Nos últimos vinte minutos Jesus procurava carregar e tirou Rodrigo para colocar Cardozo (regressado após
quase três meses de ausência) e meteu Ivan Cavaleiro no lugar de Markovic, por fim tirou Enzo Pérez para a entrada de Djuricic. Quem esteve mais perto foi mesmo o avançado paraguaio, que
rematou à meia volta depois de um pontapé de canto para monstruosa intervenção
de Adriano Facchini. Já nos descontos, Djuricic caiu na área sem qualquer falta
mas Bruno Paixão assinalou novo penalty. Chamado
a converter, Cardozo rematou forte, com o pé esquerdo para o meio da baliza,
mas tornou a acertar em Adriano e a possibilidade de triunfo para os lisboetas
esfumou-se.
Sporting: O Sporting
não conseguiu aproveitar os deslizes do FC Porto e do Benfica e cedeu um empate
a zero na receção à Académica. Num jogo com muita vivacidade, os leões
estiveram por cima do desafio durante praticamente os 90 minutos, só que não
conseguiram bater uma muralha conimbricense que se atrevia nas saídas para o
ataque de forma perigosa. Gorada a possibilidade de igualar o Benfica na
classificação, o Sporting aponta agora baterias ao dérbi que se vislumbra no
horizonte da Luz e que se prevê escaldante.
Perante mais
de 36 mil espectadores, o Sporting com Carlos Mané de início, dominou o encontro, embora tivesse muitas vezes resposta à
altura dos conimbricenses ao longo do primeiro tempo, se um remate de
Jefferson, aos 9 minutos, ainda acertou no ferro, a formação de Coimbra ripostou com um
remate de Marcelo aos 35 minutos a levar a bola na direcção à barra . Os sportinguistas tinham maior
volume de jogo ofensivo, embora lhes faltasse capacidade para desequilibrar nas
imediações da baliza de Ricardo; a Académica mostrava-se equilibrada a defender
e perturbadora no contra-ataque.
No segundo
tempo, a tendência acentuou-se, a maior dinâmica lisboeta e tentativa de
equilíbrio do lado de Sérgio Conceição. Jardim aumentou a presença na área com
a troca de André Martins por Slimani, Conceição respondeu com Salvador
Agra e Magique nas vagas de Marinho e Manoel. Logo a seguir, Jefferson sofreu
lesão no tornozelo esquerdo, ficando em dúvida para o duelo da Luz no próximo
domingo. O técnico fez entrar Dier para central e passou Rojo para a esquerda.
Nos últimos
20 minutos, o guarda-redes Ricardo distinguiu-se com um punhado de intervenções
seguras que impediram o golo sportinguista, a primeira ao evitar um autogolo de
Halliche aos 70 minutos. Entretanto, a última opção de Jardim recaiu em Capel que sucedeu a Wilson Eduardo e a de Sérgio Conceição foi Aníbal Capela para reforçar o eixo
da defesa. Ricardo foi brilhando ante Montero, Slimani e Maurício.
Pelo meio, já nos descontos, William Carvalho cometeu uma falta a meio-campo,
viu cartão amarelo mostrado pelo árbitro Paulo Baptista e está fora do derby.
Comente